quinta-feira, 1 de setembro de 2011

125 anos de Histórias: Tarsila do Amaral

Hoje Tarsila do Amaral faria 125 anos se ela ainda estivesse viva, o que é meio impossível. Mas mesmo assim eu não poderia deixar em branco, e também não poderia não comemorar um pouco mesmo que só por palavras o dia dessa mulher tão importante para a arte moderna brasileira.

Tarsila nasceu em 1 de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, Capivari, interior São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Seu pai herdou a fortuna e diversas fazendas, onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Desde criança, fazia uso de produtos importados franceses e foi educada conforme o gosto do tempo. Sua primeira mestra, a belga Mlle. Marie van Varemberg d’Egmont, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês.

Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino Borges. Mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons. Em 1920, viaja a Paris e frequenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard.

"Cartão-Postal", de 1929, Tarsila

Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco (Arte Moderna Brasileira).

Em janeiro de 1923, na Europa , Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal viajou por Portugal e Espanha. De volta a Paris, estudou com os artistas cubistas: frequentou a Academia de Lhote, conheceu Pablo Picasso e tornou-se amiga do pintor Fernand Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano.

"Operários", óleo sobre tela de Tarsila do Amaral

Em 1966, Tarsila perdeu sua única filha, Dulce, que faleceu de um ataque de diabetes, para seu desespero. Nesses tempos difíceis, Tarsila declara, em entrevista, sua aproximação ao espiritismo

A partir daí, passa a vender seus quadros, doando parte do dinheiro obtido a uma instituição administrada por Chico Xavier, de quem se torna amiga. Ele a visitava, quando de passagem por São Paulo e ambos mantiveram correspondência.

Tarsila do Amaral, a artista-símbolo do modernismo brasileiro, faleceu no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, em 17 de janeiro de 1973 devido a depressão. Foi enterrada no Cemitério da Consolação de vestido branco, conforme seu desejo.




 Mas não é só na pintura que poderemos apreciar Tarcila, pois O Boticário viu a importacia do nome da moça, e fez um perfume com seu nome (eu já usei e acho que vou voltar a usar porque tem um cheiro muito bom)


Uma fragrância inspirada na vida e obra de uma das maiores artistas plásticas brasileiras,
 que se tornou símbolo do modernismo no Brasil.
 Tarsila do Amaral. Ninguém como ela rompeu a tradição com mais ousadia,
 determinação e brilho.





E ainda tinha o Tarsila Rouge que era uma edição limitada, minha irmã usava (queria muito que voltasse a fabricar, porque esse novo perfume dela não me agrada)


A embalagem do Tarcila Rouge toma inspiração da obra "Monteau Rouge",
alusiva a um casaco, ou manto,
 vermelho usado pela artista num jantar oferecido a Santos Dumont, em Paris.
A tela foi um dos destaques da exposição em Paris em 2005,
no último grande evento do Ano do Brasil na França.









Julienne T.

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